- AS RESPOSTAS
Um banco de desenvolvimento é um tipo de instituição que financia investimentos produtivos de longo prazo. Esses projetos geram transformações estruturais na economia e possuem efeitos positivos para além da geração de emprego e renda. Os projetos estão normalmente associados à distribuição regional da produção ou à promoção da indústria, da infraestrutura, da inovação, das energias limpas e tecnologias verdes, das exportações e das micro, pequenas e médias empresas.
O BNDES faz financiamentos para projetos específicos. O valor dos financiamentos do banco é pago de volta por quem recebeu, com juros a prazo, como ocorre em qualquer operação de crédito.
Sim. Por várias razões. Primeiro porque o apoio a obras no exterior significa exportação de serviços brasileiros. Gera retorno em moedas fortes (dólar ou euro) e o Brasil é um país que historicamente sofre com falta de acesso a essas moedas. Além disso essas obras geram emprego e renda para a cadeia produtiva brasileira.
A ideia de apoio a "campeões nacionais" pressupõe assumir duas posições que se tornaram bastante impopulares recentemente: A primeira tem sido caracterizada como a política de "escolher os vencedores". Uma expressão pejorativa, muito ligada à cultura pública americana, para descrever o que no mundo todo se conhece como política industrial: formas de apoio governamental diferenciado a setores industriais específicos. A segunda é a posição de priorizar empresas com capital nacional.
Nós funcionários do BNDES, somos favoráveis às investigações. O que questionamos é a forma como as investigações têm ocorrido. Prestamos contas sobre o nosso trabalho cotidianamente e estamos submetidos a diversas instâncias de controle desde sempre. Apenas desejamos que qualquer suspeita sobre a atuação do Banco seja devidamente especificada e esclarecida com seriedade. Não aceitamos acusações genéricas e divulgações levianas de informações parciais.
A principal fonte de recursos para o BNDES emprestar aos projetos era o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), formado por impostos (PIS/Pasep). Antes da crise de 2008, o FAT já não era suficiente para as necessidades estruturais de investimento do país. Em vez de aumentar os impostos, o governo escolheu emitir títulos da dívida pública e colocar os recursos no BNDES. Esse aporte no total de R$500 bilhões foi aprovado pelo Congresso Nacional e realizado em condições adequadas aos financiamentos feitos pelo banco, como um prazo de 35 anos para devolução. Em 2016, o Governo Temer pediu ao Banco a devolução adiantada de R$100 bilhões para melhorar os indicadores econômicos da União. Uma maquiagem ilegal e prejudicial ao BNDES que poderá ter dificuldades em investir na economia após a recessão.
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